Público feminino já representa 10% dos profissionais dedicados aos testes na fábrica
Redação TranspoData
Foto VWCO, Divulgação
A Volkswagen Caminhões e Ônibus triplicou o número de mulheres que atuam como motoristas de testes em suas frotas de desenvolvimento e para avaliações de durabilidade. Hoje, elas representam 10% do total de profissionais dedicados à atividade em sua fábrica e o objetivo é crescer ainda mais para refletir o cenário que se observa nas ruas e estradas do país.
Com seu centro mundial de pesquisa e desenvolvimento sediado no Brasil, a engenharia da montadora tem uma frota de aproximadamente 300 veículos em testes, que rodam cerca de 500 mil quilômetros por mês, conduzidos por 120 motoristas, dos quais 12 são do gênero feminino. Esse time de pilotos cuida de mais de 100 diferentes tipos de avaliações, inclusive internacionais, e as mulheres estão envolvidas em todos eles. “Em nossas simulações virtuais já considerávamos essa perspectiva, mas agora ampliamos também isso na prática. O que observamos em todas as oportunidades de melhorias que identificamos é que beneficiam também qualquer usuário. Todos ganham se temos um veículo ainda mais preparado para o cliente”, explica Rodrigo Chaves, vice-presidente de engenharia.
Com mais de 30 anos de estrada, Simone Souza aproveita sua quilometragem acumulada para fazer os diagnósticos sobre o desempenho dos caminhões e ônibus VW em campo. Há sete meses na empresa, ela já deixou sua marca em testes de consumo e estruturais. “Encontrei um ambiente de grande respeito, onde sei que sou ouvida. Trocamos experiências de igual para igual com os colegas e procuramos contribuir com nossa sensibilidade mais apurada para alguns detalhes, como sons ou odores”, comenta a motorista da Zeentech, fornecedora deste serviço para a VWCO. Ela acrescenta que os veículos evoluíram muito nesse tempo com relação a desempenho, conforto e robustez.
A filha segue seus passos. Recém-habilitada, Erica Souza também integra os quadros da Zeentech para testar os veículos da VWCO e proporciona uma avaliação diferente para a empresa, daqueles que estão iniciando na profissão e também precisam ter segurança a bordo. “Praticamente nasci num caminhão e sou a caçula tanto em casa, quanto no time de motoristas de testes. Já fiz rota urbana e também rodoviária, dirigindo até a Serra das Araras. Me sinto realizada em saber que o meu trabalho pode impactar de forma positiva o dia a dia de tantas mulheres na condução de caminhões e ônibus pelo país”, afirma.
De acordo com Chaves, o crescimento da representatividade feminina não se restringe aos testes, mas está em todas as áreas da empresa. “Temos políticas sólidas que privilegiam não só a diversidade como também a inclusão”, explica.