Empresa contabilizou, em 2024, a entrada de mais de 400 mil caminhões nas unidades instaladas em áreas de divisa na Região Sul
Redação TranspoData
Foto Multilog, Divulgação
Responsável por atender uma parcela significativa do fluxo rodoviário de importação e exportação dos pontos de fronteira do Brasil, a Multilog registrou crescimento de 9%, no ano passado, nas movimentações de caminhões de cargas em seus cinco portos secos localizados em áreas de divisa de Santa Catarina, Paraná e Rio Grande do Sul, comparativamente ao ano anterior. Ao todo, mais de 400 mil veículos passaram pelos equipamentos, perante 367 mil registrados em 2023.
Algumas unidades bateram recorde de movimentação de caminhões, como a de Dionísio Cerqueira (SC). A estrutura recebeu 12.744 veículos no regime de importação e outros 10.270 de exportação, totalizando 23.014 unidades, 47,4% superior ao registrado em 2023. “Por meio de investimento em pessoas, infraestrutura, tecnologia e inovação, atuamos para aprimorar os serviços em favor do crescimento do comércio exterior entre os países do Mercosul”, afirma Francisco Damilano, gerente geral de operações das fronteiras da Multilog.
O crescimento é resultado da nova infraestrutura, construída e inaugurada pela operadora em dezembro de 2023, bem como de inúmeras melhorias realizadas na unidade alfandegada. Outro fator que contribuiu para o resultado foi a entrada em vigor da regra estadual que tornou obrigatório o ingresso, pelo porto seco, de 20% das importações terrestres vindas do Mercosul para Santa Catarina que contam com incentivo fiscal.
O Porto Seco de Jaguarão (RS) também bateu recorde de movimentações, com a entrada de 14.520 veículos de importação e 19.133 de exportação, totalizando 33.653, alta de 1,2%. Houve aumento das importações de produtos como carne, leite em pó e derivados do alimento.
O maior porto seco da América Latina, o de Foz do Iguaçu (PR), recebeu 196.599 caminhões em 2024, alta de 11,6% sobre o ano anterior. Foram 113.232 caminhões com cargas de importação e 83.367 de exportação. O incremento de operações ocorreu devido à seca nos rios Paraguai e Paraná, o que dificultou o escoamento de grãos e outros produtos por barcaças e fez o transporte migrar para o modal rodoviário. Ainda houve excelentes safras de grãos no Paraguai e na Argentina.
Para ter infraestrutura ainda maior em Foz do Iguaçu, a empresa se prepara para a construção do novo porto seco local. A unidade alfandegada será instalada às margens da rodovia BR-277, fora da área urbana da cidade, e irá aprimorar as movimentações de cargas na região da Tríplice Fronteira entre Brasil, Paraguai e Argentina.
No Rio Grande do Sul, a Multilog opera outros dois portos. No de Uruguaiana, o aumento de importações de veículos zero quilômetro elevou o movimento, com a passagem de 134.511 caminhões (2,6% a mais do que em 2023), sendo 47.725 com importações e 86.786 com exportações.
No porto seco de Santana do Livramento passaram 12.823 veículos, 13,2% acima do movimento de 2023, número impulsionado pelos aumentos das exportações de caminhões cavalo mecânico zero quilômetro e pelas importações de leite em pó e derivados do leite. Foram 5.685 veículos no regime de importação e 7.138 veículos de exportação. As primeiras importações de produtos do Paraguai, Argentina e Uruguai por uma multinacional de bebidas, que teve sua fábrica no Rio Grande do Sul danificada pelas enchentes, também ajudaram a elevar a entrada de caminhões nos três portos secos gaúchos e no de Foz de Iguaçu.