Pela primeira vez, companhia alcança R$ 2 bilhões de ebitda nos três primeiros meses do ano
Redação TranspoData
Foto Vibra, Divulgação
A Vibra apresentou resultados robustos no primeiro trimestre de 2025, demonstrando a eficácia da estratégia operacional e financeira em um ambiente de mercado desafiador. Com ebitda ajustado de R$ 2 bilhões e lucro líquido de R$ 1 bilhão, a companhia consolida a posição de líder no setor energético brasileiro, destacando-se pela melhoria contínua de margens e rentabilidade. A receita líquida do grupo no trimestre foi de R$ 45 bilhões, alta de 13% na mesma base de comparação.
No segmento de distribuição, rede de postos e B2B, o ebitda ajustado de R$ 1,8 bilhão representa crescimento de 28,5% em relação ao mesmo período de 2024. A margem ebitda ajustada por m³ atingiu R$ 215, avanço de 31,4%.
Com o resultado, a empresa atingiu o sétimo trimestre consecutivo com margens ebitda superiores a R$ 140/m³, o que sugere, de acordo com o relatório da companhia, um controle rigoroso sobre os custos e crescente demanda pelos produtos ou serviços. Mesmo excluindo os efeitos não recorrentes (como recuperações tributárias de R$ 394 milhões), a margem se manteve em R$ 164/m³, alta de 4,3% sobre o primeiro trimestre de 2024.
O trimestre apresentou movimentos sazonais que testaram a resiliência da operação. Em janeiro, a estratégia de gestão de estoques antecipou os ajustes tributários de fevereiro, proporcionando ganhos significativos. O mês de fevereiro trouxe desafios com a redução da demanda e ajustes de inventários, que impactaram temporariamente o market share em segmentos específicos (diesel B2B e TRR). A rápida reação operacional permitiu a recuperação em março, com retomada de volumes e participação de mercado, especialmente em produtos de maior valor agregado. “Estamos transformando desafios de mercado em oportunidades por meio de uma gestão operacional precisa, que nos permite expandir margens mesmo em cenários voláteis”, afirma Ernesto Pousada, CEO da Vibra.
O segmento de energias renováveis apresentou trajetória ascendente, com receita líquida de R$ 1,2 bilhão e ebitda @stake de R$ 268 milhões, crescimento de 15,1% ante o primeiro trimestre de 2024. O executivo assinala que a manutenção do guidance de R$ 1,3 bilhão em ebitda @stake para a Comerc em 2025 reforça a confiança na estratégia de integração pós-aquisição e na captura das sinergias previstas.
Monofasia
A empresa considera que a implementação da monofasia do PIS/Cofins sobre o etanol representa um marco regulatório importante para o setor. A medida, que deve reduzir progressivamente as assimetrias competitivas ao longo de 2025, posiciona a Vibra como principal beneficiária, dada sua escala operacional, eficiência logística e capilaridade nacional.
No relatório trimestral, a diretoria frisa que os resultados do primeiro trimestre validam o modelo de negócios da Vibra e sua capacidade de gerar valor em diferentes cenários de mercado. “Estamos construindo uma plataforma de crescimento sustentável, onde excelência operacional, gestão de risco proativa e investimentos estratégicos se complementam para gerar valor de longo prazo. A convergência regulatória, com a monofasia do PIS/Cofins, abre novas fronteiras de competitividade que estamos preparados para explorar, reforçando ainda mais a liderança no mercado energético nacional”, analisa.