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VOLUME DE FRETES TEM ALTA DE QUASE 14% NO SEMESTRE

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Plataforma Frete.com contabilizou mais de 4,8 milhões de fretes

 

O volume de fretes rodoviários registrou aumento de 13,9% no primeiro semestre em comparação ao mesmo período de 2023. O índice chega após um primeiro trimestre estável, quando houve somente 0,5% de crescimento. Os dados foram coletados pela

Frete.com, maior plataforma online de transporte de cargas da América do Sul, que publicou mais de 4,8 milhões de fretes no período de janeiro a junho. Com mais de 900 mil caminhoneiros cadastrados e 25 mil empresas assinantes, os fretes publicados na plataforma cobrem 99% do território nacional.

 

Houve crescimento em todos os setores analisados pela Frete.com, com a construção civil registrando 19,3%; agronegócio, 13,7%; e produtos industrializados, 7,2%. “Sempre investimos para tornar o processo de busca e contratação de fretes mais rápido e eficiente, o que se refletiu no aumento do volume neste primeiro semestre. Recentemente, lançamos novas funções na plataforma, com inteligência artificial, que tornam as contratações mais certeiras, com indicações de caminhoneiros mais propícios a fechar os fretes, além da otimização na precificação dos valores, o que tem ajudado as transportadoras a lucrarem mais”, destaca Federico Vega, CEO da Frete.com.

 

No agro, a soja se destaca

 

O índice de 13,7% no agronegócio foi puxado pela soja, que registrou aumento de 52,9% no semestre de 2024 em comparação com o mesmo período do ano passado. A oleaginosa representa 28% dos fretes do agronegócio publicados na plataforma. Apesar dos graves problemas climáticos que afetaram a produção na Região Sul, as exportações de soja registraram alta de 2,23%, atingindo 64 milhões de toneladas, segundo dados da Secretaria de Comércio Exterior.

 

Os fretes de milho também se destacaram, com aumento de 7,8%, representando 13% das cargas do agronegócio publicadas na plataforma. A colheita segue avançada no país, principalmente no Mato Grosso, o maior estado produtor do grão.

 

Os fertilizantes, que representam 18% dos fretes do agronegócio publicados na Frete.com, tiveram queda de 3,8%. De acordo com dados da Agência Nacional para a Difusão do Adubo, entre janeiro e abril de 2024, o Brasil importou 10,4 milhões de toneladas do produto, o pior número desde 2021, quando chegou ao patamar de 9,4 milhões de toneladas. “Apesar de problemas nas safras por conta das fortes chuvas do início do ano, principalmente no Rio Grande do Sul, que viveu uma grande tragédia, o agronegócio ainda conseguiu demonstrar a sua força, puxando o crescimento do volume de fretes no semestre. A soja é sempre um destaque, já que movimenta diversos fretes pelo Brasil todo”, afirma o CEO.

 

Cimento puxa crescimento

 

No setor de construção civil, o destaque fica para os fretes de cimento, que tiveram crescimento de 34,1%. O produto representa 62% dos fretes do setor publicados na Frete.com. O estado de Minas Gerais é o principal fornecedor do insumo e registrou aumento de 34,3% nos fretes do produto. Lá estão concentrados 65% de todos os fretes de cimento da plataforma.

Federico Vega assinala que o Sindicato Nacional da Indústria do Cimento apurou a produção de 30,6 milhões de toneladas de cimento no primeiro semestre, crescimento de 1,2% em relação ao mesmo período de 2023. “Isso demonstra que, mesmo com um cenário econômico incerto, com juros altos e endividamento de famílias, o setor de construção civil não parou de crescer e deve continuar desta forma nos próximos meses”, comenta.

 

Entre os produtos industrializados, os alimentícios tiveram crescimento de 9,3% e as máquinas e equipamentos de 7,8%. Porém, a produção industrial registrou decréscimo de 0,3% no semestre, de acordo com dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística.

 

Fretes por estados

A região Centro-Oeste foi a que apresentou a maior evolução, com 25,3%, seguido por Sudeste (15,6%), Sul (9,1%) e Nordeste (2,9%). O Mato Grosso do Sul teve a maior alta, de 50,6%, seguido de Santa Catarina (23,1%), Mato Grosso (22,4%), Minas Gerais (21,9%) e Goiás (18,6%). O Rio Grande do Sul, por conta das inundações, registrou queda de 2,3%. “Percebemos que o Rio Grande do Sul está caminhando para se reestruturar, o que é demonstrado no volume de fretes. Os demais estados seguem com crescimentos, com a soja e o milho puxando o segmento em Goiás, Mato Grosso e Mato Grosso do Sul”, complementa.

 

Redação TranspoData

Foto Banco de Imagens

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