Hub logístico registrou o maior volume embarcado de grãos em sua trajetória de 10 anos
Redação TranspoData
Foto Tegram, Divulgação
O Terminal de Grãos do Maranhão (Tegram) consolidou recorde de movimentação em sua trajetória de 10 anos de operação no Porto do Itaqui (São Luís, MA). Em agosto, o equipamento contabilizou o embarque de 26 navios, carregados com 1,7 milhão de toneladas de soja e milho para abastecer alguns dos principais mercados do agronegócio brasileiro – o terminal também movimenta farelo de soja.
No acumulado do ano, a operação vem mantendo desempenho positivo, com embarque de 148 navios e carregamento de 10 milhões de toneladas de grãos, sendo 90% de soja e 10% de milho. Para o consórcio Tegram-Itaqui, o resultado operacional recorde representa crescimento de 7% em relação a igual período do ano anterior e reforça a posição consolidada do terminal como principal hub logístico do agronegócio na região do Arco Norte Brasileiro.
O movimento mostra ainda que o Tegram está preparado para operar na perspectiva de supersafra que está se desenhando para o país neste ano. Com isso, atua com papel fundamental para escoamento da produção agrícola da sua região de abrangência, especialmente os estados do Maranhão, Piauí e Tocantins e áreas do Nordeste de Mato Grosso e da Bahia. Nesse ano, o terminal projeta alcançar o mesmo volume recorde movimentado em 2023, quando registrou embarque de mais de 15 milhões de toneladas de grãos.
Integração logística e industrial
Ao operar há 10 anos em uma área geograficamente estratégica, que gera ganhos em eficiência à medida que está mais próxima dos mercados compradores da safra brasileira, o Tegram investiu forte em uma infraestrutura moderna e eficiente, que ajudou a reduzir custos logísticos e a ampliar o acesso aos mercados internacionais. A infraestrutura foi planejada para garantir uma operação conectada com os principais modais logísticos do país.
O terminal possui quatro armazéns com capacidade estática de 500 mil toneladas de grãos e moegas rodoviárias com capacidade para receber, juntos, mais de 900 caminhões por dia. Outras duas moegas ferroviárias garantem o descarregamento de oito vagões simultaneamente. A estrutura permitiu uma melhor integração com as cadeias logísticas e industriais da região, facilitando o escoamento da produção agrícola e contribuindo para a expansão do agronegócio no Arco Norte.
O Tegram passou por duas fases de expansão desde o início das operações. Na primeira fase, em 2015, começou com um berço de atracação e estrutura para movimentação de grãos. Em 2020, a capacidade operacional foi elevada com a inclusão de um novo berço de atracação e consolidando o terminal como um hub logístico para o agronegócio da região.
O terminal se prepara para a terceira fase de expansão, com aporte planejado de R$ 1,6 bilhão para a construção de um terceiro berço de atracação, o que permitirá adicionar mais 8,5 milhões de toneladas de capacidade operacional anual. O objetivo é atender à crescente demanda do agronegócio brasileiro e consolidar ainda mais o Porto do Itaqui como um dos maiores complexos exportadores de grãos do Arco Norte Brasileiro. O consórcio Tegram-Itaqui é formado pelas empresas Terminal Corredor Norte, Bunge, Corredor Logística e Infraestrutura e ALZ Grãos (Amaggi, Louis Dreyfus Company e Zen-Noh Grain Terminais Portuários).