Objetivo é incrementar a eficiência, modernizar o parque fabril e desenvolver novos produtos
Redação TranspoData
Foto Komatsu, Divulgação
Com uma infraestrutura produtiva para a fabricação de mais de 3.000 equipamentos por ano, a Komatsu investiu R$ 161 milhões entre 2023 e 2025, e tem planos de aportar mais R$ 100 milhões nos próximos dois anos, no parque fabril em Suzano (SP), que este ano celebra meio século de operação. O objetivo do novo aporte é modernizar e expandir a produção em mais de 50% até 2030.
Dentre os investimentos programados estão a construção de um novo prédio fabril, aquisição de novas máquinas de usinagem, robôs de solda e uma linha de pintura a cátion. “O mercado brasileiro de equipamentos de construção está em constante evolução e precisamos estar preparados para atender os clientes. Trabalhamos também com a expectativa de aumento da demanda de produtos até 2030”, argumenta Jefferson Biaggi, presidente da unidade fabril no Brasil. Ele destaca a possibilidade de ampliação para atender à América Latina e expansão de novos mercados, como a África, reforçando a liderança da empresa em inovação e no setor de construção.
Dentre os modelos que farão parte da ampliação em Suzano estão a carregadeira de porte médio WA380-6, que acaba de ser nacionalizada; a escavadeira de grande porte PC500LC-10M0, que passará pelo mesmo processo; e dois novos modelos de harvester florestal desenvolvidos especialmente para o mercado brasileiro. A instalação de Suzano também participará do desenvolvimento e produção de carregadeiras compactas e pequenas para o mercado brasileiro em 2025 e 2026. Por isso, o objetivo é que parte da estrutura esteja operacional antes do próximo ano.
Crescimento no Brasil
Para dar suporte ao crescimento da capacidade de desenvolvimento e do parque fabril, a Komatsu está contratando mão de obra no Brasil, como engenheiros de desenvolvimento de produtos, cuja quantidade irá quase dobrar em 2025. “Esse reforço permitirá o desenvolvimento de novos modelos e a adaptação às demandas da América Latina”, ressalta Jefferson Biaggi.
A primeira fábrica fora do Japão foi inaugurada no Brasil, em 1975, em Suzano (SP), onde permanece até hoje, como parte da estratégia de expansão global da Komatsu. Com um complexo industrial completo, a unidade fabril brasileira possui fundição própria e processos de corte, dobra, usinagem, caldeiraria, montagem, inspeção final e expedição. A empresa tem presença em todo o território nacional por meio de uma rede de distribuidores que oferece oficinas equipadas e assistência técnica, além de centros de distribuição de peças de reposição.
A empresa de origem japonesa fabrica e fornece equipamentos, tecnologias e serviços para os mercados de mineração, construção, industrial e florestal. No portfólio de produção brasileiro estão tratores de esteiras, carregadeiras de rodas, motoniveladoras e escavadeiras hidráulicas.
Equipamentos nacionalizados
Modelo popular de carregadeira de rodas, a WA380-6 (foto) começou a ser produzida em Suzano este ano. A decisão de fabricá-la no país é uma resposta direta à crescente demanda por carregadeiras de rodas deste porte no setor de construção, além de outros segmentos como mineração, locação, indústria, agricultura e florestal. “A WA380-6, que conquistou significativa aceitação no mercado brasileiro como modelo importado, passou a ser produzida localmente, trazendo diversos benefícios para os clientes, como acesso ao financiamento via Finame, benefício de redução de impostos e maior disponibilidade do equipamento e acessórios”, frisa Jefferson Biaggi.
A Komatsu estima crescimento positivo nos setores que utilizam a WA380-6, particularmente em projetos de infraestrutura dentro do programa PAC. Este aumento nas obras elevará o consumo de insumos como areia, cimento e brita, setores onde a WA380-6 é amplamente utilizada. “A iniciativa de nacionalização posiciona a Komatsu para melhor atender a estes mercados em expansão com equipamentos de alta qualidade produzidos localmente”, reforça o presidente da unidade fabril.
Outro modelo em processo de nacionalização é a escavadeira de grande porte PC500LC-10M0. Comercializada no Brasil desde 2019, ela ganhou cada vez mais espaço na classe de 50 toneladas, atendendo à demanda do mercado, que vem crescendo anualmente, principalmente nos setores de agregados e mineração. Comparada ao modelo anterior, apresenta produtividade (ton/hora) até 15% superior e 11% menos consumo (litros/hora), podendo atingir até 21% mais eficiência (ton/litros).