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Caminhões participaram de 20% dos acidentes de trânsito de 2024

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Estado de São Paulo ocupa primeiro lugar do ranking em estudo realizado pela nstech

 

Redação TranspoData

Foto Banco de Imagens

 

De acordo com o mais recente Painel CNT de Acidentes Rodoviários, o Brasil registrou 73.114 acidentes de trânsito no ano passado, resultando em 6.153 vidas perdidas, média de 16 por dia, além do impacto econômico superior a R$ 16 bilhões. A mesma pesquisa ainda aponta que, em 20% dos sinistros, caminhões estejam envolvidos. No período, dados de um estudo da nstech, desenvolvedora de software para supply chain na América Latina e pioneira na categoria Open Logistics, apontam 1.437 acidentes envolvendo veículos de transporte de cargas.

 

Como forma de conscientização da importância da segurança nas estradas, a companhia lança o relatório juntamente às campanhas de Maio Amarelo, movimento internacional de conscientização para redução de acidentes de trânsito. O levantamento reúne informações operacionais das principais gerenciadoras de risco do país — BRK, Buonny e Opentech — e dados oficiais da Polícia Rodoviária Federal e da Confederação Nacional do Transporte (CNT), analisando causas, tipos e padrões de sinistros, além das rotas, horários e perfis de carga mais afetados.

 

A Região Sudeste apresentou o maior volume de incidências envolvendo caminhões, representando 53% do total. As operações com fracionados e alimentos foram as mais sinistradas. Juntas, somaram 631 acidentes contra 125 ocorrências envolvendo outros tipos de carga.
Na liderança das ocorrências está o estado de São Paulo (388), seguido por Minas Gerais (208), Rio de Janeiro (142) e Paraná (137). Os quatro estados apresentaram aumento no registro de ocorrências em comparação ao ano anterior, com destaque para Rio de Janeiro, 84%; São Paulo, 41%; e Minas Gerais, 17%.

Veículos de cargas fracionadas e alimentícias sofreram o maior número de acidentes desde 2023. No ano passado, o número representou cinco vezes mais ocorrências do que transportes de outros perfis de conteúdo (631 x 135).

Quanto ao tipo de ocorrência, as colisões lideraram o ranking, totalizando 490 sinistros, aumento de 50%. O acréscimo de 58% em saídas de pista chama a atenção, visto que, em 2024, foram 117 casos contra 74 do ano anterior.

 

Os trechos urbanos concentraram o maior número de acidentes, com 219 sinistros, sendo 45 deles registrados às terças-feiras. As ocorrências nos trechos urbanos foram mais comuns em operações com cargas alimentícias: 113. Entre as rodovias, foram contabilizados 208 acidentes na BR-116 e 106 na BR-101, considerando operações monitoradas pela nstech.

 

Em 2024, o dia da semana recordista em acidentes foi a quinta-feira. Domingo foi o menos crítico para operações de transporte de carga, mas, ainda assim, registrou 129 acidentes. Quanto ao período dos acidentes, assim como em 2023, as manhãs concentraram as ocorrências: foram 34 saídas de pista, 189 colisões e 178 tombamentos neste período do dia. O levantamento também apontou aumento de 51% em acidentes à noite.
Principais causas dos sinistros

 

O transporte rodoviário é fundamental para manter o Brasil em movimento e, para isso, melhorias na infraestrutura e na segurança das estradas são necessárias. Pesquisa da CNT indica que, em 2024, um total de 2.446 ocorrências como grandes buracos, erosão na pista, queda de barreira, pontes caídas ou outras situações foram identificados nas rodovias.
No entanto, segundo o Observatório Nacional de Segurança Viária, nove em cada 10 acidentes de trânsito são causados por comportamento humano. Dados do Onisys, produto dedicado à prevenção de acidentes do ecossistema nstech, demonstram que os principais comportamentos de risco em 2024 foram excesso de velocidade, uso do celular, fadiga e não uso do cinto de segurança.
O estudo aponta que as longas jornadas de trabalho também contribuem significativamente para o aumento do risco nas estradas. Motoristas frequentemente enfrentam extensas horas ao volante e essa rotina favorece o surgimento da fadiga extrema, reduzindo os reflexos e a atenção, o que compromete a capacidade de reação diante de imprevistos e aumenta a probabilidade de acidentes. “Prevenção de acidentes vai além de uma preocupação com prazos ou ativos: trata-se de preservar vidas e promover a sustentabilidade no setor. Por isso, a prevenção deve ser encarada como estratégia fundamental e não como um custo adicional”, reforça Thiago Azevedo, diretor executivo do Onisys, produto de prevenção de acidentes da nstech.

 

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