Grupo de soluções logísticas integradas consolidou valor próximo a R$ 639 milhões
Redação TranspoData
Foto Divulgação
A Log-In Logística Integrada divulgou, nesta quarta-feira (14), os resultados financeiros e operacionais referentes ao primeiro trimestre de 2025. Entre os destaques estão o maior volume de contêineres transportados na navegação costeira para um primeiro trimestre, recorde histórico de receita com o serviço feeder (alimentador) e crescimento significativo do lucro líquido.
A receita líquida foi de R$ 683,8 milhões no trimestre, alta de 10,4% em relação ao mesmo período de 2024. O desempenho foi puxado principalmente pela navegação costeira, que somou R$ 462 milhões, evolução de 20,6%, impulsionada pelo feeder, que atingiu receita recorde de R$ 221,1 milhões, e pela retomada da atividade econômica na Argentina, que beneficiou as operações no Mercosul. O ebitda ajustado totalizou R$ 153,1 milhões, crescimento de 6,8%. Já o lucro líquido da companhia foi de R$ 26,5 milhões, alta de 219,3%.
Para o vice-presidente financeiro e de relações com investidores, Pascoal Gomes, os resultados refletem a consistência da empresa, mesmo em um cenário desafiador. “A expansão dos serviços e a modernização da frota têm nos permitido capturar oportunidades e oferecer soluções cada vez mais completas e sustentáveis aos clientes”, observa.
Navegação costeira
O destaque na navegação costeira foi o volume total transportado, que somou 194,1 mil TEUs, avanço de 24,6% sobre o primeiro trimestre do ano passado. O feeder liderou a movimentação, com 140,9 mil TEUs, avanço de 48,8%, favorecido pelo serviço Shuttle Navegantes, criado em resposta à demanda pontual do mercado e integrado ao portfólio no segundo trimestre de 2024.
No Mercosul, a receita cresceu 37% e o volume avançou 17%, beneficiados pela valorização do dólar e recuperação econômica da Argentina. Na cabotagem houve redução de 17,6% no volume transportado em razão de um cenário mais competitivo.
Terminal Portuário de Vila Velha
A receita líquida do Terminal Portuário de Vila Velha (TVV) foi de R$ 88,1 milhões, em linha com o ano anterior, e leve alta nas receitas de contêineres e serviços acessórios. Quanto aos volumes movimentados, o terminal consolidou 50,5 mil contêineres e 102,6 mil toneladas de carga geral, retrações de 10% e 20%, respectivamente.
A queda é atribuída à sazonalidade da safra de café e menor importação de veículos elétricos na movimentação de contêineres; baixa demanda dos principais centros consumidores, como os Estados Unidos; sazonalidade dos projetos; e reflexos da obra de retrofit, finalizada em setembro de 2024, que resultou na perda de cargas. Ainda assim, os volumes realizados, principalmente em container, representam o segundo maior volume alcançado pelo TVV, no mesmo período, em sua história.
A produtividade operacional do terminal aumentou 48% e o NPS (indicador que mede o nível de satisfação do mercado) atingiu o melhor nível desde 2022, refletindo a melhora após o fim do retrofit. Entre os avanços estratégicos está a assinatura de um contrato de exploração de uma nova área de 70 mil m² no Porto de Vitória, que amplia as capacidades do terminal.
Segundo Gustavo Paixão, diretor de terminais da Log-In, o equipamento vive um momento de retomada e reestruturação comercial após a conclusão do retrofit. “Encerramos uma fase importante com a modernização dos portêineres, que já se reflete em ganhos de produtividade e confiabilidade nas operações. Agora, o foco está na reconquista de cargas impactadas pelas limitações temporárias durante as obras. A nova área reforça o compromisso de ampliar a capacidade do terminal com infraestrutura adequada para atender às demandas futuras do mercado, tanto capixaba quanto nacional”, afirma.
Transporte rodoviário de cargas
O segmento rodoviário, operado pelas marcas Tecmar Transporte & Logística e Tecmar Norte, segue em processo de reestruturação. A receita líquida somou R$ 122,4 milhões, queda de 7,7%, refletindo o reposicionamento da empresa na linha de carga fracionada, impactada por um mercado mais competitivo.
O transporte de contêineres operou em plena capacidade nos três principais portos (Santos, Itajaí e Suape) e a armazenagem mostrou crescimento. Destaque para a redução de 40% nas ocorrências rodoviárias, mesmo com o aumento do número de veículos nos três portos.